Disputa acirrada pelo WTA Finals e penalidades no topo marcam fim da temporada
O final da temporada de tênis feminino está sendo marcado por uma definição emocionante na corrida pelo WTA Tour Finals e por questões disciplinares envolvendo as líderes do ranking. O Athletic analisa os eventos que agitaram a última semana nas quadras.
A reviravolta na corrida para Riade
A disputa pela última vaga no WTA Tour Finals, que será realizado em Riade, na Arábia Saudita, sofreu uma reviravolta. Há duas semanas, a briga parecia restrita a Jasmine Paolini, da Itália, e Elena Rybakina, do Cazaquistão. Embora Jessica Pegula e Mirra Andreeva ainda não estivessem classificadas, suas posições pareciam confortáveis.
Resultados na China alteram o cenário
Jessica Pegula confirmou sua classificação ao alcançar a final do Wuhan Open, onde foi derrotada por Coco Gauff. No entanto, a jovem Mirra Andreeva, que vive uma fase irregular marcada pela frustração em quadra, sofreu uma derrota surpreendente no Ningbo Open para Zhu Lin, a número 219 do mundo.
Aproveitando a oportunidade, Rybakina venceu Paolini na semifinal em Ningbo e, em seguida, derrotou Ekaterina Alexandrova na final para conquistar o título. Isso reconfigurou drasticamente a tabela de pontos da corrida para Riade.
Paolini classificada e a complexa matemática de Rybakina
Apesar da vitória de Rybakina, a classificação de Jasmine Paolini foi confirmada durante o fim de semana. A confirmação veio após Mirra Andreeva optar por não solicitar um wild card (convite) para o Pan Pacific Open em Tóquio, um evento WTA 500. Sem competir, a russa não tem como ultrapassar a italiana na pontuação.
A situação de Elena Rybakina é mais complexa do que os 15 pontos de desvantagem para Andreeva sugerem. O ranking da WTA é composto por 18 eventos, e Rybakina já atingiu esse limite este ano. Alguns de seus piores desempenhos ocorreram nos eventos WTA 1000 obrigatórios. Para que sua participação em Tóquio conte e substitua os 150 pontos da United Cup, ela precisa no mínimo igualar seu “pior melhor resultado” atual, que é uma semifinal de WTA 500 (195 pontos), exigindo duas vitórias no torneio.
Líderes do ranking são penalizadas
Em um desenvolvimento paralelo, as duas principais jogadoras do mundo, Aryna Sabalenka e Iga Swiatek, foram punidas pelo segundo ano consecutivo. Ambas falharam em cumprir o regulamento que exige a participação em um número mínimo de seis torneios WTA 500. Este ano, ambas disputaram apenas três.
Como resultado, “pontos zero” foram aplicados na atualização do ranking de 20 de outubro. Esta regra remove os pontos de outro torneio (geralmente de nível superior) e os substitui por zero.
A Batalha pelo Número 1 do Ano
Desta vez, as penalidades não afetaram o topo do ranking. Sabalenka perdeu 10 pontos e Swiatek perdeu 65, mas mantiveram suas posições. A bielorrussa continua como número 1 do mundo (10.390 pontos), com uma vantagem de 1.687 pontos sobre Swiatek (8.703). Com apenas o WTA Finals pela frente, Sabalenka está virtualmente assegurada como a número 1 do final do ano pela segunda vez consecutiva.